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quinta-feira, 26 de março de 2020


3º A – B – C – E – D    ENS. MÉDIO  PROFª  RITA FILOSOFIA



ATIVIDADES DE FILOSOFIA    1º BIMESTRE- 2020   3º ANOS
TEMA: O QUE É FILOSOFIA.
Todos somos filósofos? 
Pesquise!
  O que é senso comum? O que é senso crítico? 
O que é filosofia como reflexão espontânea? O que é filosofia como especialidade acadêmica? 
A reflexão envolve, segundo Jonh Dewey, um estado de dúvida, de perplexidade, de dificuldade tal, que nosso pensamento for- mula incessantemente indagações e formas de resolver, ainda que provisoriamente, a dúvida e diminuir a perplexidade. 

PARA SABER MAIS:
 + Vídeo – Senso Crítico X Senso Comum de Marcelo Cordeiro
+ Pensamento Crítico – O que é? Para que serve? Como se faz? Canal extraclasse

Trabalho
+ Produzir um breve vídeo, ou artigo, trazendo relatos sobre como a atividade filosófica se faz presente no cotidiano ou um artigo trazendo informações e reflexões sobre a presença de filósofos na vida contemporânea, suas preocupações e a presença em diferentes mídias, entre outros.
+ Quais filósofos você conhece que estão vivos e atuantes hoje? Algum deles (as) é brasileiro(a) ? Onde ele atua?

TEMA: SUPERAÇÃO DE PRECONCEITOS EM RELAÇÃO À FILOSOFIA E DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA PARA A CIDADANIA 
Depois de estabelecer a distinção entre o “filosofar” espontâneo e o “filosofar” dos filósofos especialistas, parece importante considerar que esta atividade ainda sofre preconceito. Qual seria o motivo? Outras atividades intelectuais também sofrem preconceito? Pense, reflita e escreva um diálogo ou história em quadrinho em que este tipo de situação se manifesta. 
Basta uma fala para sermos satirizados? Quantas vezes nossos amigos não caçoam de nós por uma palavra ou uma atitude? 
De forma geral, o preconceito pode ser entendido como uma espécie de prevenção que exclui por alguma particularidade. Dessa forma, o preconceito surge a partir de uma diferença que é destacada. Apesar da nossa sociedade apresentar significativa diversidade, o preconceito ainda persiste e se volta especialmente para aqueles que apresentam traços físicos, modo de falar, de vestir, de morar, entre outros que difere do estabelecido pela opinião dominante. 
No campo do conhecimento, a separação entre conhecimentos teóricos e práticos pode gerar preconceito quando se enfatiza uma característica e não se reflete sobre o seu conjunto e contexto, por exemplo: uma forma de conhecimento pode ser discriminada por apresentar-se prioritariamente como teórica, o que leva a considerar que esta não serve para a vida prática, e conhecimentos que se apresentam como técnicos ou práticos podem passar a imagem de que não desenvolvem o pensamento. Todas estas situações de preconceito levam à discriminação que pode ser ampliada e até fortalecida dependendo dos valores sociais e decisões políticas da sociedade.

SAIBA MAIS:
11/03/2019. 
2 Projeto Dom Quixote. Sócrates e a Maiêutica. https://www.youtube.com/watch?v=haFnSeQkdDw  Acesso em 11/03/2019. 
3 Sócrates – filósofo de Atenas. Trilhando Autonomia (vídeo original TV Cultura). Youtube. Disponível em: <https:// www.youtube.com/watch?v=HKnLFHMQyLc>  Acesso em 07/11/2019. Buteco dos Deuses 24

 Sócrates é considerado um dos fundadores da filosofia ocidental. Por suas abordagens e indagações (ironia e maiêutica) é reconhecido até hoje. Sócrates, que nada escreveu, pode ser conhecido por meio dos registros dos seus discípulos e de seus inimigos.
Na peça de Aristófanes “As nuvens”, Sócrates é satirizado como um tipo que enganava as pessoas. Nesta comédia, Sócrates é considerado um demagogo que tenciona desqualificar os valores tradicionais da sociedade ateniense. Por outro lado, Platão e Xenofonte registraram outros aspectos da personalidade de Sócrates, diferentes daqueles encenado na peça. 
Sócrates ganhou fama por inquirir personalidades do seu tempo, reconhecidos como sábios nas suas áreas de atuação. Ele interrogava as pessoas à exaustão e, por meio de perguntas simples, mas perspicazes, procurava demostrar aos seus interlocutores as inconsistências lógicas das suas certezas. Por este processo de perguntas e respostas Sócrates procurava extrair a verdade latente do interrogado. Sócrates foi acusado de corromper a juventude e se defendeu perante júri. Não obtendo sucesso na sua defesa foi condenado à morte. Os argumentos da sua defesa estão no texto Apologia de Sócrates. 

LEIA E RESPONDA:
A MORTE DE SÓCRATES
 De acordo com Platão, as acusações contra Sócrates foram: “Sócrates é réu por empenhar-se com excesso de zelo, de maneira supérflua e indiscreta, na investigação de coisas sob a terra e nos céus, fortalecendo o argumento mais fraco e ensinando essas mesmas coisas a outros”5
“Sócrates é réu porque corrompe a juventude e descrê dos deuses do Estado, crendo em outras divindades novas”6
Levado a julgamento, foi condenado à morte. Como e por que isso ocorreu? 
Tudo começou quando Sócrates tomou conhecimento de que o oráculo do templo de Delfos, dedicado ao deus Apolo, havia proclamado que ele era o homem mais sábio de Atenas. Não se considerando como tal, mas, ao mesmo tempo, não podendo duvidar da palavra do deus, decidiu investigar o significado de tal revelação. 
Procurou, então, aqueles cidadãos mais ilustres de Atenas e que eram tidos como os mais sábios da cidade. Eles pertenciam a três categorias sociais: os políticos, os poetas (autores de tragédias, como Aristófanes – embora mais conhecido por suas comédias –, e de ditirambos – cantos religiosos em homenagem ao deus Dionísio) e os artesãos. 
Interrogando esses cidadãos (por meio da maiêutica), constatou que, na realidade, nada sabiam dos assuntos em que eram tidos como sábios. Ao término da conversa com cada uma dessas pessoas, Sócrates concluía: 
“Sou mais sábio do que esse homem; nenhum de nós dois realmente conhece algo de admirável e bom, entretanto ele julga que conhece algo quando não conhece, enquanto eu, como nada conheço, não julgo tampouco que conheço. Portanto, é provável, de algum modo, que nessa modesta medida seja eu mais sábio do que esse indivíduo – no fato de não julgar que conheço o que não conheço. 7” 
Daí a famosa expressão atribuída a Sócrates: “Tudo o que sei, é que nada sei”. Acontece que Sócrates praticava esses diálogos em praça pública, à vista de todos. Entre os presentes havia sempre muitos jovens, filhos de famílias ricas, que dispunham de tempo livre e, por isso, podiam acompanhá-lo nessas ocasiões. Eles se divertiam vendo Sócrates “desbancar” os que se julgavam sábios e, mais tarde, punham-se a imitá-lo, interrogando outras pessoas e descobrindo muitas que supunham saber o que de fato não sabiam. (...) 
Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola. 
Textos como a Apologia de Sócrates podem ser um bom exemplo para compreender a dimensão política que pode ter a atividade filosófica.
Em uma folha avulsa, escreva uma história em quadrinhos (HQ) manifestando a sua posição sobre a relação entre estereotipo e preconceito. Ao escrever a HQ utilize os diferentes conhecimentos advindos das leituras e atividades desenvolvidas nas aulas.